E o protagonismo indígena?
Não existe antirracismo sem inclusão de indígenas. Caminhamos juntos.
Bem-vindo(a) à newsletter Firma. Começando mais uma semana juntos e esperamos que ela seja incrível. Ainda não é assinante? Está perdendo nossa seleção de vagas, cursos e eventos sobre diversidade e mercado. Assine e chame os amigos!
Sim, estamos no mês da consciência negra, mas nós vamos falar de visibilidade indígena aqui. É que não dá para falar em antirracismo sem incluir indígenas na pauta. Eles estão nos centros urbanos, no mercado de trabalho, na universidade e também no cinema. Regis Myrupu (etnia Desana) e Rosa Peixoto (etnia Tariano) protagonizam o filme ‘A Febre’, que estreia nesta semana (12/11) nos cinemas e plataformas de streaming.
O filme, que foi premiado em diversos festivais internacionais e rendeu a Myrupu o prêmio de melhor ator no Festival de Locarmo, conta a história de um indígena Desana chamado Justino, que trabalha no porto de cargas de Manaus, e da sua filha Vanessa, que conseguiu uma vaga para estudar medicina na Universidade de Brasília. O longa apresenta reflexões sobre as relações indígenas com o trabalho, com a invisibilidade, com a sociedade. Vejam, são atores indígenas interpretando suas próprias histórias, que estão longe do estereótipo de sempre, sendo aclamados. 🤯
É importante pontuar esse protagonismo porque avançamos na discussão da representatividade e visibilidade negra no cinema e fora dele, e agora é preciso fazer o mesmo com indígenas. Nós vamos insistir nesse assunto. Listamos aqui algumas páginas e coletivos que estão trabalhando por esse protagonismo:
Tem mais dicas? Manda para gente em firmapreta@gmail.com. Caminhamos juntos para que mais espaços sejam protagonizados por negros e indígenas.
Vagas desta edição
Academia. Nesta quarta-feira, 11, às 15h, será lançado o Edital Especial do Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do Pará para Indígenas & Quilombolas e do I Programa Nacional de Residência Clínica Jurídica para Indígenas & Quilombolas. O lançamento é promovido pela Universidade Federal do Pará, com apoio da Fundação Ford e Climate and Land Use Alliance. A iniciativa ocorre diante da falta de programas públicos de formação jurídica para indígenas e quilombolas.
Educação. O Instituto Alana (SP) está buscando Analista de Políticas Públicas de Educação. Profissional deve ter formação em Ciências Humanas sendo, Ciências Sociais, Administração Pública, Pedagogia ou Direito. A contratação é CLT (40 horas) e benefícios como Vale Refeição ou Alimentação; Seguro de Vida; Assistência Médica. Vale-Cultura. Interessados devem enviar currículo para raquel.franzim@alana.org.br até 13/11 às 16h com assunto: “Vaga de Analista de políticas públicas em educação”.
Mentorias. A Ernst & Young Brasil realiza entre 9 e 20 novembro o evento Connect Weeks. É uma programação com mentorias e workshops on-line ministrados por profissionais da EY especialistas em tecnologia, negócios, consultoria e inovação. Tudo grátis. Veja como se inscrever.
Inclusão. A Ernst & Young Brasil também está com inscrições abertas para o seu programa de capacitação com possibilidade de contratação. EY Empodera é voltado para candidatos com renda familiar de até R$ 3.145,00, cursando a partir do terceiro semestre do bacharelado ou até um ano de formado/a, interesse na carreira de auditoria/consultoria. A seleção é feita em duas fases e focada em negros, pessoas com deficiência e transgêneros.
Vagas pretas 1. O laboratório de aprendizagem de comunicação Quid (SP) está com duas vagas abertas exclusivas para pretos. Uma para Gerente de Mídia e Canais e outra de Gerente de Análise de Redes & Pesquisa. As vagas são presenciais, mas agora, durante a pandemia, remotas. Os interessados devem se candidatar pela plataforma Mais diversidade.
Vagas pretas 2. A agência Sinergis (SP) está com vagas abertas exclusivas para pessoas pretas para estágio em comunicação, com início em dezembro. É desejável estar cursando ensino Superior em Design, Publicidade ou Marketing, ter conhecimento intermediário de ferramentas Adobe. Não é necessário experiência, mas precisa ter muita vontade de aprender. Interessados devem enviar e-mail para: gregory.azevedo@sinergis.com.br.
Para negres. A Witec (SP) está buscando profissional negro(a) para vaga de Assistente Comercial. Entre as atividades desempenhadas, o suporte a equipe de vendas e apoio no gerenciamento das atividades comerciais/administrativas. O formato de contratação CLT, com benefícios de VT, VR e Assistência Médica.
Elas no topo. A PepsiCo recebe até 22/11 inscrições para o programa “Ready to Return”, com vagas focadas em profissionais que estejam há pelo menos dois anos fora do mercado de trabalho. As oportunidades, exclusivas para mulheres, são para áreas de Vendas e Operações em São Bernardo do Campo (SP), Ribeirão Preto (SP) e Aparecida de Goiânia (GO).
Diginal na veia. A Rock Content (BH) abriu uma vaga em analista de marketing e comunicação de impacto social. Formados em Marketing, Publicidade, Comunicação ou áreas afins, com experiência anterior com comunicação e marketing digital podem se candidatar. A empresa encoraja que mulheres negras se candidatem a esta oportunidade.
Bolsa. Amanhã, dia 10, é o último dia para pessoas negras ou indígenas, de regiões periféricas se inscreverem para uma bolsa do curso de planejamento de Marketing de Influência do YouPix. O candidato precisa atuar na área de comunicação. Para concorrer, preencha o formulário de seleção.
Empreender. Para fortalecer negócios liderados por mulheres, O Itaú Mulher Empreendedora + DIVER.SSA anunciam a abertura das inscrições da Aceleração de Apoio a Micronegócios. A edição 2020 tem em especial interesse em micronegócios das regiões Norte e Nordeste. Serão selecionadas 30 empreendedoras para o programa com duração de quatro meses e meio, dividido em três fases.
Mais diverso. O Projeto Travessias, da Escola Vera Cruz (SP), está com um edital aberto de bolsas de estudos a alunos pretos, pardos e indígenas. São 18 bolsas (integrais e parciais) para o ano de 2021. O objetivo é contribui para transformar a situação histórica de segregação e desigualdade social criada pelo racismo e buscar boas práticas de diversidade. Veja como se inscrever.
Formação. O projeto Eu Capacito criado pelo Movimento Brasil Digital, vai capacitar profissionais para a economia digital. São cursos para te ajudar a ser um empreendedor ou a desenvolver a sua carreira profissional. Os cursos estão divididos em 4 trilhas de conteúdo: empreendedorismo, tech, fluência digital e soft skills. E o melhor tudo 0800 – de grátis total.
Pesquisa.Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo (LAUT) está buscando pessoas interessadas para vaga de comunicação e divulgação de conteúdos – início imediato. Os candidatos devem se candidatar até as 23h59 do dia 11/11 por um formulário. Entre as atividades do cargo estão planejamento de comunicação, produção de conteúdo e gerenciamento, gestão e monitoramento de mídias sociais, site e outros canais.
Pra pensar
🗣️ A arquiteta e escritora Joice Berth, ao celebrar a vitória de Kamala Harris, vice na chapa de Joe Biden, lembra que mesmo que não haja uma completa sintonia com a ideologia política da democrata, em um mundo machista e misógino, quando uma mulher vence, é preciso comemorar sim.
Comunidade Firma
👨🏿💻 🙋🏿♀️ Já somos quase 200 pessoas entre profissionais e estudantes na construção da comunidade Firma Preta. São pessoas, que assim como nós, acreditam ser preciso transformar os espaços no mercado de trabalho. É hora de trocar representatividade por proporcionalidade. Inscreva-se agora. Chame um amigo!
💻 Com curadoria, redação e edição de Emílio Moreno e Juliana Gonçalves. Direção de arte, Larissa Cargnin e colaboração de Louise Ferreira.
📩 Essa é uma newsletter semanal sobre diversidade e mercado de trabalho. Se você aproveitou o conteúdo dessa edição e ainda não assina, receba por e-mail.
Siga-nos: Twitter | Linkedin | Instagram
Dúvidas, sugestões e pautas para firmapreta@gmail.com.
Leia o manifesto Firma Preta.