Olimpíadas e Saúde mental: não somos corpos em alta performance
Falar do apoio psicologico para o bem-estar profissional não pode mais ser um tabu
Nas últimas semanas, acompanhamos as conquistas dos atletas profissionais nas Olimpíadas de Paris. Vibramos com Rebecca Andrade e a equipe brasileira de ginástica, choramos com a Bia Souza, nos emocionamos com a Rafaela Silva, nossos olhos brilharam com Simone Biles entre tantos outros atletas negros e negras que alem de enfrentarem as dificuldades em suas respectivas modalidades, tambem enfrentam o racismo cotidiano. Nas entrevistas individuais e coletivas, os atletas de diferentes países falaram abertamente sobre a importância do auxílio de profissionais da saúde mental ao longo da preparação.
Os atletas, assim como nós, meros mortais, têm uma rotina exaustiva de trabalho, muitas vezes solitária, cheia de pressão para obter melhor performance e alcançar a produtividade esperada. Enquanto eu assistia as competições finais, eu não parava de imaginar como seria o dia-a-dia desses atletas fora dos holofotes: as tentativas, as inseguranças, dores, frustrações e dúvidas. Eu também faço o mesmo com profissionais que eu admiro e se destacam em suas áreas, quando recebem prêmio ou leio alguma entrevista publicada em rede social. Este é um exercício de humanização do “outro” que eu recomendo, pois tiramos “pessoas reais” do pedestal e também nos comparamos menos. Sempre chego à mesma conclusão: não dá para dar conta de tudo sozinho.
Houve um tempo não muito distante que falar sobre os bastidores da jornada era tabu, só havia espaço para o sucesso não importando as condições psicossociais que seres humanos se submetiam para subir no pódio ou ganhar uma promoção na empresa. Principalmente, para minorias sociais que “não podem errar” quando alcançam qualquer oportunidade, a pressão pelo “sucesso”, muitas vezes, vem no combo de problemas de saúde mental, como estresse, ansiedade e depressão, que afetam negativamente a vida pessoal e o desempenho profissional a longo prazo.
A saúde mental é fundamental para uma vida profissional equilibrada e produtiva. Quando a saúde mental está em dia, as pessoas tendem a ser mais criativas, eficientes e resilientes, enfrentando desafios no trabalho com maior clareza e foco. Ao falarem abertamente da importância da saúde mental, os atletas assumiram a necessidade de ter apoio psicológico profissional. Eles quebraram o ciclo da crença coletiva da resiliência sobre-humana, da meritocracia, da imagem do “herói solitário” e sua jornada de vida “guerreira”, da falsa necessidade de que temos que ignorar as nossas próprias emoções para sermos “fortes”.
Esses são aprendizados que me inspiraram ao longo das Olimpíadas, a humanização dos nossos e atenção ao fato de que nós não somos apenas “corpo” em alta performance.
Vagas da Semana
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Vídeo. Filmaker ou produtor de evento morador do Rio de Janeiro, sobretudo se for da Baixada Fluminense, pode se candidatar para trabalhar na Nath Play da Nath Finanças. Mande seu currículo + Portifólio para nosso e-mail: oi@nathfinancas.com
Comercial. Vaga afirmativa para mulheres negras na CIVI-CO em São Paulo. A oportunidade é para assistente comercial júnior com salário inicial de R$2000. Estar cursando a graduação será um diferencial. Informações no link.
Política. A Comunicação FGV-RJ procura por um analista político para atuar no laboratório DAPP Lab, de análise e monitoramento do debate público digital. O trabalho é remoto e requer avaliações textuais semanais, mensais e extraordinárias. As inscrições seguem até 20 de agosto. É preciso enviar currículo e carta de apresentação para o endereço victor.piaia@fgv.br. Informações no link.
Diversidade. O ID_Br tem vagas abertas para Rio de Janeiro e São Paulo - também há oportunidades remotas. As oportunidades são para social media, relacionamento comercial, eventos e outros. Informações no link.
Justiça. O @pnud_brasil está com 9 vagas abertas para trabalhar no Programa Justiça 4.0 para atuar na transformação digital do poder judiciário. Todas as oportunidades são remotas. Os cargos vão de Auxiliar em Ciências de Dados até Analista Desenvolvedor Backend NoSQL Elastic Search. Os prazo de candidatura variam de 14 a 23 de agosto a depender do posto pretendido. Mais informações no link.
Amazônia. Até 25 de agosto é possível se candidatar para as vagas de Gestão de Mobilização Incidência ( remuneração R$9000) e e Estágio Institucional ( remuneração R$1800) no projeto Amazonia de Pé do Nossas.
Estágio. Vaga afirmativa para pessoas negras e indígenas em captação de recursos na Cruz Vermelha. É preciso estar cursando entre o 2° e o 6°semestre de Comunicação, Marketing, Relações Públicas, Administração ou área de interesse relacionada. A carga horária é 30h semanais, salário R$ 1.365,00 em regime presencial em São Paulo. Inscrições até 25 de agosto.
Jovem aprendiz. Estudante de ensino médio, com idade entre 18 e 22 anos, podem se candidatar a vaga de vaga de jovem aprendiz do Museu de Futebol, em São Paulo, no núcleo de recursos humanos. Inscrições até 15 de agosto.
Para Pensar
Seguindo com o espírito olímpico desta newsletter - já estamos com saudades das olimpíadas - deixamos aqui esse material sobre as nossas atletas negras e educação: