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Mulher negra e advogada
Três mulheres pretas advogadas se conheceram na Comissão da Igualdade da OAB-RJ*: Paloma Oliveira, Cristiane Santos e Juliana Ferreira. A partir daí, elas criaram o Nzinga Podcast onde debatem direito, raça e estilo de vida com a ideia de descolonizar o pensamento. A ideia demorou a sair do papel por conta da pandemia, mas hoje é possível ouvir os debates no Spotify.
Fizemos três perguntinhas para a Paloma Oliveira sobre como nasceu o podcast. Além de advogada, ela é educadora popular e pós graduanda em Direitos Humanos, Responsabilidade Social e Cidadania Global pela PUC-RS. Confira 👇🏾
1 - Como surgiu a ideia do podcast?
O Nzinga nasceu depois de uma palestra que nós três participamos na OAB Leopoldina-RJ. Nossa ideia é nos posicionar como mulheres negras em uma área excludente e elitista como o direito em que o mercado de trabalho é tradicionalmente branco. Falamos de trabalho e também de como as questões raciais atravessam o nosso dia a dia.
2 - Por que falar de raça no campo do direito?
Para começar, nós não sabemos qual é o nosso número no mercado. Não existe uma estimativa de quantos advogados negros e negras existem na OAB em todo o Brasil. Isso já é uma falha provocada pelo racismo.
É complicado ser advogada. Muitas vezes falam conosco olhando para os nossos cabelos e não para os nossos olhos. Outras tantas vezes, existem tentativas de silenciamento. Como não lembrar da Valéria que saiu de uma audiência algemada por fazer o seu trabalho?
A própria OAB nunca teve um presidente não branco, não-hetero e não-cis. É aquela questão hegemônica colonial do Brasil. Sei que não somos poucos, mas não conseguimos nos fazer ouvir.
3 - O que é ser uma mulher negra advogada?
Para mim, ser advogada negra é nadar contra a maré e uma forma de se impor diante de um cenário branco, hetero, conservador, elitista, excludente. Enxergo como uma forma de resistência. Nós estamos lidando com o direito sem ter acesso a uma série de garantias de direitos enquanto mulheres negras. É o tempo todo ter de erguer a nossa voz e não nos deixar abater pelas armadilhas da profissão.
Escute a playlist do Nzinga enquanto confere as vagas da edição de hoje da Firma. 👌🏾
(*) Igualdade Racial
☝🏾Acolhimento. Já pensou em trabalhar em uma rede de solidariedade? A rede de ativismo Nossas procura por mulheres cis e trans não-brancas para ocupar vagas de assistente social com preferência para pessoas do Norte e Nordeste. Além disso, há vagas de estágios em direito, psicologia, serviço social e comunicação no projeto Mapa do Acolhimento - com prioridade para pessoas das regiões periféricas de São Paulo. Interessados devem se cadastrar até dia 14/2 no site.
✊🏾 Direitos Humanos. A Anistia internacional procura por alguém para apoiar a área de captação de recursos, contribuindo com as estratégias de aquisição e relacionamento com doadores de pessoa física. A pessoa terá que identificar oportunidades na base de doadores e reformular as jornadas de relacionamento. Interessados devem enviar e-mail com CV e carta de apresentação contando um pouco sobre sua experiência para: recrutamento@anistia.org.br até o dia 04/02. Inclua no assunto “Consultor de Captação de Recursos – Pessoa Física”.
👌🏾 Direitos Humanos 2. A Anistia Internacional também procura por uma consultoria de database - CRM. O trabalho é na diretoria de captação e recursos. O escolhido deverá identificar junto à equipe de dados, necessidades de reorganização no sistema (Salesforce). Enviar e-mail com CV e carta de apresentação contando um pouco sobre sua experiência para: recrutamento@anistia.org.br até o dia 04/02/2021. Inclua no assunto “Consultor de Database – Captação de Recursos”.
🌐 Tech. A AfrOya tech Hub seleciona para projetos de diversidade e inclusão digital. Ao todo são quatro posições: tech recrutar (estágio e PJ), especialista em D&I Racial, especialista de projetos e especialista de comunicação. O trabalho pode ser presencial em Porto Alegre- RS ou remoto. Envie seu currículo com link do Linkedin para talentos@afrooya.tech.
💡Marketing. A Eureciclo abriu processo seletivo destinado a pessoas negras para Analista de Eventos e RP - Marketing B2B. A pessoa será responsável por fazer curadoria de eventos e palestras para participação da empresa. A vaga por enquanto é para trabalho remoto. As inscrições devem ser feitas no site da empresa.
⚡Mídia. A Rastro procura especialista em mídia e performance para trabalho no Rio de Janeiro ou remoto. É preciso formação superior completo em Marketing, Publicidade ou Comunicação Social e mais de três anos de experiência. Mande seu CV/Portfólio para: oi@agenciarastro.com.br, no assunto: "Rastro | Mídia 2021".
📖 Bolsas de estudos. O programa Direitos, Povos e Territórios da PUC-Rio oferece 20 bolsas de 100% para indígenas, quilombolas e pessoas dos demais povos tradicionais. A ideia é promover um debate socioambiental contextualizada na disputa de terras no Brasil. A carga horária de 84h e as aulas online. O programa oferece quatro cursos: Direito socioambientais e direito à terra no Brasil; Direito e políticas indígenastas no Brasil; Povos e comunidades quilombolas: direitos e políticas; Direito dos povos e comunidades tradicionais. Saiba como se candidatar no link.
📚 Master. Já pensou em estudar na Espanha 0800? Estão abertas as inscrições para o Máster en Produción Xornalística e Audiovisual (MPXA). São ofertadas duas especialidades: jornalismo avançado multiplataforma e produção executiva audiovisual. Ainda rola uma bolsa de 3,500 Euros para alunos ibero-americanos. O certificado é pela University of A Coruna. Inscrições até 30/4. Leia o edital no link.
Para pensar
O desenrolar dos acontecimentos com Lucas Penteado na festa África no #BBB21 levantou o debate sobre a saúde mental da população negra. Esse tema precisa deixar de ser um tabu. Assistam o documentário sobre Neusa Santos Souza, autora de Tornar-se Negro. Cuidem-se e cuidem dos seus!


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